O Untrue de Burial é uma desilusão que não chega a desiludir. É uma desilusão por ser menor em relação ao s/t; não chega a desiludir enquanto conjunto isolado e (bastante) equilibrado de canções. A questão está toda no uso dos samples. No primeiro disco, construía-se ambientes através de peças instrumentais com um toque magistral e etéreo; neste, existe um conjunto de vozes em drone que adornam, dão textura e limam (possíveis) arestas. Para mim, é aí que o disco falha. Os samples criam momentos que, embora momentâneos, aborrecem e a sua repetição satura pelo simples facto de se enquadrarem num instrumental, já por si, básico e estruturalmente linear. Mesmo assim, "Endorphin" (fez-me chorar) e, principalmente, "Untrue" não deixam de ser duas das minhas faixas preferidas deste ano.
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